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Fórum da Igreja Batista Nacional de Areia Branca-RN


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    A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones)

    Italo Thiago
    Italo Thiago


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    A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones) Empty A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones)

    Mensagem  Italo Thiago Seg Ago 17, 2009 3:33 pm

    A questão final com que nos defrontamos é: que é que impede este ou aquele cristão de cair e perder-se? Se não for o que temos dito aqui, isto é, que somos “chamados segundo o seu propósito” e que, porque é Seu propósito, Ele próprio nos impede de cair, bem, então, que será que nos guarda e nos impede de cair? Consideremos a situação daqueles que acreditam ser possível um cristão regenerado, nascido de novo, ir definitivamente para a perdição, cair e perder a posição de estar “em Cristo”.

    O que tais pessoas acreditam é que há dois tipos de cristãos: um deles se manterá seguro à verdade e à fé, e finalmente chegará à glória; o outro não consegue manter-se seguro, por um motivo ou outro, cai, e vai para a perdição. Elas explicam a diferença entre estes dois cristãos asseverando que um teve vontade e desejo de manter-se seguro, e que o outro não teve essa vontade e esse desejo. A diferença é determinada inteiramente pela vontade, pelo desejo e pela determinação pessoal do cristão particular. Sobre esse pressuposto, esta é a única conclusão a que se pode chegar.

    Entretanto, se isso fosse verdade, uma decorrência seria que tal pessoa é mais forte que Adão antes da Queda. Adão era perfeito e estava sem pecado. Tinha livre-arbítrio completo, mas escolheu deliberadamente dar ouvidos ao diabo, e por isso caiu e causou as consequências que bem conhecemos, nele e em sua progênie. Disso decorre que aquele que por seu próprio esforço conseguisse manter-se na fé teria vontade e determinação mais fortes do que as que Adão tinha. Pode-se, porém, replicar: “O cristão está em melhores condições do que Adão; ele recebeu vida divina de Cristo e, portanto, tem algo superior ao que Adão tinha. Ele recebeu em seu ser nova vida de Deus, e é isso que o capacita a permanecer firme de um modo que Adão era incapaz de o fazer”. Mas esse argumento não nos ajuda nada, pois todos os cristãos, por definição, receberam essa mesmíssima nova vida. Por conseguinte, isso não explica a diferença. A causa da diferença não pode ser a nova vida recebida, porque ambos os grupos a possuem. Somos induzidos à inevitável conclusão de que, em última análise, o que mantém o cristão em sua fidelidade ao Senhor não é nada mais nada menos que o poder da vontade e determinação do próprio homem. É uma qualidade natural e, portanto, a sua conclusão final é que não é a regeneração que determina a salvação final; é uma força natural de vontade e de entendimento, um poder inerente ao homem. Quer dizer, você é induzido a uma conclusão que está em completa contradição com a doutrina da graça. O homem não é finalmente salvo devido à ação de Deus pela qual Ele lhe dá nova vida e o regenera. O fator determinante é a capacidade pessoal do homem de persistir apegado à fé; alguns a têm, outros não. É uma qualidade natural e, assim, é uma final contradição de todo o ensino bíblico concernente à salvação, e especialmente da regeneração. Essa é a conclusão à qual você será levado inevitavelmente, se rejeitar esta doutrina da perseverança final dos santos, que se baseia no propósito de Deus [...]

    Se a doutrina da perseverança não fosse verdadeira, então, se acaso você se visse na glória, a glória teria que vir a você por ter-se empenhado em permanecer firme e seguro. Você, como muitos outros, receberam a mesma dádiva da salvação; os outros, tolamente, não se agarram a ela, mas você se agarrou e continua assim. Portanto, a glória vem a você por seu empenho em segurar-se à benção da salvação. Entretanto isso é uma completa contradição do ensino das Escrituras, de capa a capa. Não há quem possa gabar-se quanto a esta questão. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. O homem não tem coisa alguma de que se gabar. E quando eu e vocês chegarmos ao céu, perceberemos plenamente que lá estamos, não porque nos seguramos firmemente quando outros desistiram, e sim porque Ele nos segurou, porque estamos no propósito de Deus e porque Ele nos guardou, apesar de nós mesmos, da nossa fraqueza e da nossa tendência de seguir os nossos caprichos pessoais. E daremos a Ele todo o louvor, toda a honra e toda a glória. Veremos que esse foi o Seu glorioso plano do princípio ao fim, e adoraremos o Cordeiro, o Filho de Deus, que realizou tudo isso. A Ele cabe toda a glória. A salvação é um feito inteiramente Seu, e o louvor e a glória são devidos a Ele, e somente a Ele.
    CarlosB
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    A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones) Empty Re: A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones)

    Mensagem  CarlosB Sex Fev 03, 2012 10:14 am

    Olà Italo.
    Parece-me bem o que escreveste, embora um pouco extenssivo, o que se pode tornar um pouco confuso. Penso eu.

    Eis aí o que eu acredito:
    Nenhum dos eleitos se pode perder, porque a sua salvação é resultado dum projecto de Deus, e não por escolha pròpria, e nem dependa da perseverança embora possa parecer. A perseverança nada tem a ver com a salvação mas é um resultado natural da salvação. Ou seja: não perseveramos para ser salvos, mas porque jà somos salvos é que perseveramos.; assim como a àrvore não dà fruto para ser àrvore, mas dà fruto porque primeiro jà é àrvore. E atenção que a nossa perseverança é na fé, e não nas obras. Porque nelas todos falhamos. Pois se a àrvore boa é espiritual, logo o fruto também (fè, bondade,y amor, ...), toda a obra que não tiver o fruto do espirito renascido em Cristo, é imundicia diante de Deus, isto ainda que dês tudo o que tens, e a ti mesmo.

    Portanto a perseverança não salva ninguém, mas mostra que tal pessoa jà é salva. A Deus toda a glória.

    Paz!
    CarlosB
    CarlosB
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    A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones) Empty Re: A perseverança dos santos (Martin Lloyd-Jones)

    Mensagem  CarlosB Sex Fev 03, 2012 10:47 am

    Por isso quando Deus fala pelo mandamento: crê; ama; faz. A àrvore produz o seu fruto naturalmente, pois foi para isto mesmo que nasceu e recebeu vocação, para fazer as obras de Deus, que de antemão lhe tinham sido preparadas. Pois o mandamento è enviado a todos para que se revelem entre eles os eleitos' porque sò eles tem capacidade de obedecer a Deus.

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