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Fórum da Igreja Batista Nacional de Areia Branca-RN


    Os puritanos e o evangelismo

    Pr. Daniel
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    Mensagens : 7
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    Mensagem  Pr. Daniel Seg Ago 17, 2009 6:47 pm

    O Método da Evangelização Puritana e A Disposição Interna do Coração

    Raízes da evangelização moderna
    A fim de compreendermos estes dois pensamentos (o método da evangelização Puritana e a disposição interna do coração) precisamos contrastá-los com a evangelização moderna. Só assim poderemos apreciar o aspecto característico da evangelização puritana. Para isso vamos voltar um pouco ao século XIX para considerarmos as raízes da evangelização moderna.
    A evangelização moderna tem as suas raízes nos anos 1820 sob a liderança de Charles Finney, que freqüentemente é chamado de "o pai" da evangelização moderna. Finney foi criado em Nova Iorque e tinha o grau de advogado. Começou sua prática como advogado nos anos de 1820 em Nova Iorque. No ano seguinte teve uma experiência religiosa muito profunda e isso o influenciou para que deixasse seu escritório de advocacia e se dedicasse inteiramente ao ministério. Foi ordenado pastor presbiteriano em 1824 e por 8 anos liderou eventos e reuniões de avivamento no leste dos E.U.A. Por quatro anos trabalhou como pastor em Nova Iorque e nos últimos quarenta anos de sua vida foi professor na Universidade de Oberlin no estado de Ohio. Através dessas décadas ele continuou fazendo reuniões de avivamento. Ele inventou aquilo que se chama de "novas medidas" para avivamento que incluem: (a) reuniões com muita emoção e (b) o banco dos "ansiosos". Eram reuniões evangelísticas caracterizadas por uma atividade intensa, que duravam dois ou três dias e nos quais Finney pregava duas vezes ao dia. O banco dos "ansiosos" era o primeiro banco da igreja que era deixado vazio para que as pessoas ansiosas pudessem vir e se assentar ali, recebendo uma ministração individual. No final dos seus sermões Finney diria: "Aqui está o banco dos "ansiosos", se vocês estiverem do lado do Senhor, venham à frente." Hoje a evangelização de massa, é um desenvolvimento das chamadas "novas medidas" dos avivamentos de Finney.
    Em suas campanhas evangelísticas, Billy Graham apresenta um estilo polido destas cruzadas feitas por Finney. Essas chamadas ao altar para que as pessoas venham à frente e confessem Jesus Cristo, é uma versão moderna do banco dos "ansiosos". Hoje nós estamos tão acostumados com este estilo de evangelização moderna, que dificilmente percebemos que é uma inovação na história da Igreja. Com freqüência nos esquecemos de quão distante está da evangelização bíblica. Tanto Finney, quanto a evangelização moderna, cometeram alguns erros básicos em diferentes aspectos das Escrituras. Vamos mencionar quatro áreas em que se afastaram dos princípios bíblicos.

    Deficiências da evangelização moderna

    1. Aceitação do pelagianismo. Embora certos elementos calvinistas estejam presentes, a evangelização moderna, seguindo a teologia de Fnney, é essencialmente arminiana na sua apresentação do evangelho. Finney era confessadamente um pelagiano (Pelágio foi um herege do século IV que sofreu dura oposição de Agostinho). Ele negava que o homem caído fosse incapaz de se arrepender. Dizia que cada pessoa tem a liberdade e a vontade livre de arrepender-se e voltar-se para Deus; que cada pecador pode resistir ao chamado do Espírito Santo, e que este Espírito apenas apresenta-lhe razões pelas quais ele deve ir a Deus. O pecador, entretanto, é livre para aceitar ou rejeitar as razões apresentadas. Dessa forma, em última análise, a salvação não é uma obra de Deus, é realmente um trabalho do próprio homem. Finney escreveu o seguinte: "Pecadores vão para o inferno apesar de Deus". Finney negou os cinco pontos do calvinismo, e não subscreveu os ensinamentos de Jesus de que o homem precisa nascer de novo, nascer do alto, doutra forma ele não pode entrar no reino de Deus.

    2. Finney e a evangelização moderna colocam uma pressão indevida sobre a vontade humana. Se a vontade humana, pecadora, é livre, segundo os evangelistas semipelagianos afirmam, apregação é reduzida simplesmente a uma batalha entre a vontade dos ouvintes e a vontade do pregador. O resultado disso é que todos os meios que o pregador puder usar para persuadir os seus ouvintes a aceitar a Cristo, acabam se tornando lícitos, mesmo que sejam baseados num excesso de emocionalismo do auditório. O alvo principal nestes casos é mover a vontade do homem, e levá-lo a fazer uma decisão imediata. O contrário disso, vemos no ensino de João 1:13: "... os quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."

    3. Finney e a evangelização moderna reduzem o processo de conversão a um espaço curto de tempo. Isso não é bíblico! A Bíblia apresenta a conversão como sendo um processo por vezes demorado. Entretanto, para a evangelização moderna, a conversão é um processo de mais ou menos dez minutos. Recentemente foi escrito um livro sobre evangelização que faz com que o evangelista caia em profundo sentimento de culpa, se demorar mais de dez minutos para converter alguém. Chegamos a conclusão que, para muitos evangelistas modernos, a salvação não é mais aquele trabalho miraculoso, soberano e misterioso do Espírito Santo de Deus, e sim, o trabalho calculável da ação do homem. Isso é contrário ao que lemos em João 3:8: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito ". O que realmente tem acontecido nos últimos 175 anos, é o seguinte: Finney e a evangelização moderna perderam o sentido de conversão bíblica; perderam o conceito de conversão como uma obra miraculosa; perderam o sentimento daquela dependência total do homem em Deus, na sua conversão.

    4. Grande parte dos resultados da evangelização moderna é questionável. Diversos estudos têm provado que a evangelização de massa, utilizado em grande parte nas cruzadas, em que o próprio homem decide a sua salvação, leva, finalmente, a um cristianismo muito superficial, que quase não dá fruto. Isso não quer dizer que não existam certos indivíduos a quem Deus realmente converteu em tais tipos de reuniões. A Bíblia diz que Deus pode fazer com que uma vara torta se torne reta. Entretanto, esse fato não nos isenta da responsabilidade em apresentar aos nossos ouvintes uma evangelização bíblico e saudável, uma evangelização que tenha uma profundidade maior, uma evangelização que começa, centraliza-se e termina em Deus. É isso que descobrimos quando nos voltamos para o método dos puritanos.

    Estilo direto de pregar
    Quando nos referimos aos métodos da evangelização puritana, não estamos dizendo que devemos copiar cada detalhe dos puritanos. Muito da linguagem dos puritanos, por exemplo, está fora de época. Ainda assim os seus métodos têm muito para nos ensinar. O método puritano foi chamado pelos próprios puritanos, e por estudiosos hoje, de o "estilo direto de pregação". Um dos pais do puritanismo, William Perkins, escreveu o seguinte: "A nossa pregação precisa ser direta e evidente. É um dito comum entre nós: "este foi um sermão direto." Eu digo que quanto mais incisivo e simples for o sermão, melhor". Um dos grande pregadores puritanos chamado Henry Smith disse o seguinte: "Pregar de uma maneira direta, não é pregar de uma maneira dura e cruel". Também não significa pregar de qualquer forma, sem estudo. Significa pregar o sentido pleno das Escrituras de uma maneira tão clara que o homem mais simples possa entender o que esteja sendo ensinado, como se ele estivesse ouvindo seu próprio nome ser chamado.
    Implementando este estilo simples e incisivo de pregação, os puritanos seguem um processo de três passos:
    (1) Escolhem e estudam seu texto. (2) Fazem uma exegese desse texto, dando o seu sentido básico, e em seguida coletam do texto duas ou três doutrinas, que fluem dele. (3) Em seguida, aplicam estas doutrinas de uma forma prática ao coração dos seus ouvintes. Dessa forma, a primeira parte do sermão é exegetica, a segunda parte é doutrinária e a terceira é aplicativa. À quarta parte eles chamavam de "como usar", que é a parte prática do sermão, como usar os ensinos na vida diária. Eles dividem a aplicação em duas partes, uma para os ouvintes que são salvos, e a outra para os não salvos. Aplicam a cada indivíduo o que o texto pregado tem a dizer para ele. Dessa forma, o ouvinte, ao sair da igreja, sabia com toda clareza o que aquele texto do sermão tinha a dizer a si em particular.
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    Mensagem  Pr. Daniel Seg Ago 17, 2009 6:48 pm

    Vamos focalizar quatro qualidades deste estilo direto de pregar.

    1. Usavam um método racional de pregar. Eles pregavam a criaturas racionais. Trabalhavam arduamente para mostrar aos pecadores a loucura de não buscar o Senhor. Eles procuravam mostrar às suas congregações o aspecto racional de todas as doutrinas da graça. John Owen, por exemplo, expunha à sua congregação como a doutrina da eleição era racional e lógica. Eleição é a primeira coisa do lado de Deus, mas é a última coisa que é conhecida do lado daquele que crê. Eles usavam este tipo de ensino para alcançar a mente e também a consciência. Labutavam para conduzir cada ouvinte a esta conclusão. Seria totalmente ridículo não buscar o Senhor. Ridículo em função do julgamento que há de vir, mas também em termos da maneira como vivemos nesta vida presente.

    2. Tinham uma pregação afetuosa, apaixonada. É uma coisa rara nos nossos dias encontrar um pregador que tanto alimenta a mente dos ouvintes com substância bíblica sólida, quanto também mova os seus corações, com um calor afetivo. Mas, esta combinação era coisa comum aos pregadores puritanos. Falavam com amor e com convicção. Pregavam com uma chamada clara à fé e ao arrependimento. Pregavam com paixão o terror do pecado. Pregavam com calor a respeito de Jesus Cristo. Derramavam do púlpito suas próprias almas em seus sermões. Eles praticamente davam suas vidas pelo seu povo. Suplicavam aos seus ouvintes que se reconciliassem com Deus, não porque pensassem que eles podiam se reconciliar com um Deus santo, mas porque eles sabiam que o Deus todo-poderoso usa a loucura da pregação para salvar aqueles que realmente vão crer. Sabiam, pelas Escrituras, que somente o Cristo onipotente podia vivificar um pecador espiritualmente morto e mortificar a sua pecaminosidade, separá-lo dele mesmo, fazendo -o desejoso de abandonar o seu pecado e voltar-se para Deus e para a salvação completa por Ele oferecida. A pregação puritana apresentava todas estas verdades com paixão.

    3. A evangelização puritana era reverente e sóbria. Os
    puritanos geralmente não usavam humor nos seus sermões; não acreditavam em contar histórias engraçadas com a finalidade de levar pessoas ase interessarem por Cristo. O alvo deles era exatamente o oposto. Eles procuravam fazer as pessoas se tornarem mais sóbrias diante das grandes exigências do Criador e diante do grande juízo que está chegando. Diante da eternidade, Deus é digno de ser adorado; digno por causa dEle mesmo e por causa de Seu Filho.

    4. A evangelização puritana se caracterizava por fazer uma análise específica de temas bíblicos. Se um puritano pregasse sobre o inferno, o sermão inteiro seria sobre o inferno. O mesmo aconteceria se pregasse sobre o céu, todo o sermão seria sobre o céu. Noutras palavras, eles pregavam o seu texto o tempo todo. Calculavam que assim, após certo período de tempo, teriam coberto cada assunto principal da Bíblia. Assim, procuravam edificar o seu povo em todo o conselho de Deus, demonstrando sua apreciação por todo o ensinamento das Escrituras. Quero dar alguns exemplos. Os títulos que vou dar agora são de um livro de um puritano: "Quantos Já Experimentaram Uma Vida Seriamente Identificada com Deus?"; "Qual o Melhor Preservativo Contra a Depressão Espiritual"; "Como Podemos Crescer no Conhecimento de Cristo?"; "O Que Precisamos Fazer Para Evitar Orgulho Espiritual?"; "Como Devemos Lidar Com Doutrinas Que Não Podemos Compreender Completamente?"; "Como Podemos Conhecer de Uma Forma Melhor o Valor Real da Nossa Alma?". Espero que vocês estejam percebendo quão específicos eram os puritanos ao pregarem o seu texto bíblico, e como depois de certo período de tempo eles conseguiam falar a respeito de todo o conjunto de verdades espirituais.
    Os puritanos reforçavam os seus sermões com uma evangelização catequética. O pastor puritano típico visitava o lar dos membros da sua igreja pelo menos uma ou duas vezes ao ano. Eles catequizavam cada criança em cada lar e estas crianças também vinham para a aula de catecismo na igreja. Eles treinavam os pais em cada família para que também fizessem o estudo do catecismo com suas crianças no culto doméstico. Normalmente levavam 30 a 40 minutos por dia para essa atividade. No domingo à noite davam treinamento aos pais para que pudessem analisar o sermão do dia com as crianças por duas razões: para levar o sermão ao nível de uma criança e também para levar o pai a lembrar o sermão. Os puritanos tinham como alvo evangelizar a família inteira. Eles não estavam buscando convertidos de "dez minutos'' ou uma decisão momentânea do coração. Eles procuravam convertidos que permanecessem convertidos a vida inteira, cujas mentes e corações tivessem sido vencidos, tornando-se cativos pela Palavra de Deus.

    Disposição interna do evangelista puritano
    Um outro ingrediente muito importante na evangelização puritana era a disposição interna do evangelista.
    Emprimeiro lugar, ele vivia comum sentimento de dependência do Espírito Santo. O pregador puritano estava plenamente consciente da sua incapacidade de salvar uma alma e da grandeza da conversão. Ao mesmo tempo, ele estava convicto que é agradável a Deus usar a pregação como o meio principal para salvar os eleitos. O pastor puritano trabalhava no espírito de dependência do Senhor, convicto de que não podia fazer nada por suas próprias forças e que o seu trabalho no Senhor não era vão.
    Em segundo lugar, o puritano tinha uma constante disposição interior de orar. Eram grandes pregadores porque em primeiro lugar eram grandes suplicantes. Eram pessoas que lutavam com Deus e sabiam muito bem o que significava "agonizar" pedindo a bênção divina sobre a palavra que eles acabavam de pregar. Quero dar uma ilustração com a vida de Robert Murray McCheyne. Ele veio depois dos puritanos, mas em essência era um puritano. Certa vez chegou à igreja onde McCheyne havia pastoreado um visitante admirando o edifício, que era muito bonito. O zelador perguntou-lhe se podia ajudá-lo em alguma coisa. Ele respondeu que sim, pois tinha vindo de longe até àquela igreja, para ver se conseguia descobrir o grande segredo do ministério de McCheyne (McCheyne foi um pregador escocês que morreu com 29 anos, mas Deus o usou para a conversão de centenas de pessoas). O zelador convidou o visitante para ir com ele pois lhe mostraria o "segredo". Levou-o para o escritório de McCheyne, onde, no passado ele costumava ficar. Disse-lhe: "Amigo, sente-se atrás daquela escrivaninha e ponha sua cabeça em cima dela; ponha sua mão na sua cabeça e chore... depois venha comigo Posteriormente, os dois voltaram ao templo e foram ao púlpito. O zelador disse ao visitante: "Agora incline-se sobre este púlpito... estire bem os seus braços... ore... chore... agora você sabe qual era o segredo de Robert Murray McCheyne". Não é nenhum choro provocado pelo homem, não é um emocionalismo sem as Escrituras; é, antes, um mover do coração, bíblico, pelo Espírito Santo de Deus. É disso que precisamos hoje, da ênfase dos puritano em uma mente e um coração voltados para Deus. Reunindo estas duas coisas teremos uma vida que agrada a Deus.

    Vida coerente
    Os puritanos buscavam uma vida coerente com a Palavra de Deus em qualquer lugar que estivessem. Um pastor puritano escreveu o seguinte: "A minha oração diária é que eu possa ser tão santo na minha família, e nos momentos que eu passo sozinho com Deus, como eu pareço ser quando eu estou em frente ao meu povo, no púlpito da minha igreja". Os puritanos buscavam santidade em todas as áreas da sua vida, todavia uma santidade que não era baseada em méritos pessoais. Eles sabiam que não possuíam tais méritos. Eles buscavam, uma santidade que era fruto daquilo que Deus fizera por eles. Por isso se destacaram na história da Igreja como inigualáveis na vida particular de oração, na perseverança em manter o culto doméstico, nas orações em público, e na pregação.
    Perguntamos: será que costumamos orar individualmente como McCheyne e os puritanos? Será que nós, de forma zelosa, até ciumenta, cuidamos de nossa vida de comunhão com Deus? Será que estamos convictos que parar de vigiar e de orar é estar esperando um desastre espiritual na nossa vida? Será que estamos submissos com nosso coração e mente à disciplina da Palavra de Deus? Será que temos em nossa vida diária aquele mesmo espírito dos puritanos que os tirou do mundo, colocando seus corações nas coisas eternas, especialmente no próprio Deus? Será que estamos movidos, como os puritanos, com aquela paixão que eles tinham de glorificar a Deus e magnificar o nome de Jesus Cristo, falando contra o pecado e buscando a santidade? Será que temos sede da glória de Deus? Não é suficiente ter livros puritanos nas nossas prateleiras, nem mesmo é suficiente lê-los. Espero que sejam lidos, pois são amigos maravilhosos e grandes mentores espirituais. São aquilo que Lutero disse: "Alguns dos meus melhores amigos já morreram há muito tempo, mas eles ainda falam comigo através da página impressa".
    Eu sei pessoalmente o que isso significa, pois comecei a ler os puritanos quando tinha nove anos de idade. Costumava ficar até tarde da noite lendo-os. Freqüentemente minha mãe determinava que eu parasse de ler para dormir. Eu desligava a luz do meu quarto, porém ia para a escada para observar a luz que saia por baixo da porta do quarto dos meus pais. Quando ela se apagava, eu voltava ao meu quarto e continuava a ler! Lia com um livro dos puritanos aberto diante de mim e a Bíblia aberta, ao lado. Lia devagar, fazendo cinco ou seis orações por cada página que lia. Conferia nas Escrituras cada texto que eles citavam. Os puritanos acabavam me levando sempre de volta à Bíblia - e ela sempre me levava aos puritanos. Muitas vezes estava chorando enquanto lia, um choro de alegria pela salvação plena que se acha em Jesus, mesmo um pecador como eu era e ainda sou. Eu chorava com aquele desejo imenso de ser mais santo, de ser mais parecido com Cristo e de ter mais daquela disposição interna dos puritanos. Precisamos desta religião vivenciada por eles. Eles tinham suas falhas, e seus escritos não são a Bíblia, mas eles nos ajudam a entender a Bíblia, e a sua piedade vital é um grande exemplo para nós.

    Conclusão
    Dessa forma vamos nos desafiar uns aos outros para crermos no Deus dos puritanos. Quem tem a coragem de ir além de uma simples leitura dos escritos dos puritanos? De ir além de uma apreciação das idéias dos puritanos e viver uma vida como eles viveram, levando avante a obediência e a santidade a Deus? Embora amemos a Cristo, como os puritanos O amaram, será que estamos servindo a Deus como eles O serviram? O Senhor nos fala em Jeremias 6:16: "Assim diz o Senhor: ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas".

    Fonte: livro A tocha dos puritanos ed. PES

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