Pregação do Pr. Daniel em 28/02/2010

Quão surpreso fiquei ao aprender coisas fundamentais em somente dois versículos da carta aos Filipenses. Geralmente tais versículos são ignorados; mas Deus nos mostrou o quanto temos de aprender com eles. Estou me referindo aos dois primeiros versículos do capítulo um. Vejamos:

Quem diria, irmãos, que dessas “simples” palavras poderíamos aprender tanto? Foi a respeito delas que Deus nos ensinou na pregação de ontem, através de nosso pastor, Pr. Daniel.

Notemos que Paulo e o seu discípulo não se apresentam gabando-se de um alto ofício de apóstolo ou de um evangelista. Não! A maior honra que alguém pode ter é ser servo de Jesus Cristo; essa é a nossa maior glória. Paulo não os abordou fazendo uso de títulos; em nenhum momento ele gloria-se no fato de ser um apóstolo, pregador, mestre, operador de milagres ou quaisquer títulos que adquirira. O próprio Paulo, na carta aos Coríntios (1.31), diz:

O apóstolo, como visto em sua saudação aos Filipenses, colocava isso em prática. Para ele, nada importava mais do que servir ao Senhor Jesus; essa era sua glória, e também deve ser a nossa.

Hoje em dia, o que mais encontramos são pessoas que se vangloriam em títulos dentro das igrejas. Orgulham-se por serem isso ou aquilo, e em suas obras; porém, não gloriam-se por estarem sob o senhorio de Cristo. Que decepção!

Analisemos outro detalhe fundamental. A epistola é dirigida “a todos os santos em Cristo Jesus”. Veja que maravilhoso pormenor! Só depois ele saúda os ministros (bispos e diáconos). Por que isso? Simples, porque os ministros são para a igreja, para edificação e benefício dela, e não a igreja para os ministros, para satisfazer a dignidade, prosperidade e domínio deles. Oh, irmãos, como nossa realidade distancia-se disso. Comumente presenciamos ministros que se aproveitam da igreja para benefício próprio; manipulam a mente das pessoas e distorcem o verdadeiro ensino da Palavra de Deus. O verdadeiro ministro deve pensar:

Paulo saúda os santos com a graça e a paz. Infelizmente muitos de nós pronunciamos essas palavras de “boca pra fora”. Esquecemos de meditar no real significado que elas nos trazem. Quando desejamos a graça ao nosso irmão, estamos querendo o seu bem-estar espiritual — o favor e a benevolência do Senhor na vida dele. Não apenas cumprimentamos com a paz, pois sem a graça não há paz. A paz surge do favor divino.

E é lógico que almejamos a paz ao nosso irmão, paz que excede todo entendimento; desejamos que, independente da circunstância que ele vier a defrontar, tenha paz em Deus. Porque essa paz guarda os corações e sentimentos em Cristo Jesus (Fp 4.7).

É necessário observar que as palavras e promessas de Deus não são destinadas a qualquer pessoa, mas sim aos santos em Cristo. É por isso que Paulo delimita os destinatários logo no início de sua epístola. Existem pessoas que vivem em carnalidade e, ainda sim, querem as promessas do Senhor. Isso é impossível. As benevolências do Altíssimo são dadas somente aos seus santos. Não a qualquer santo; não pelo fato de alguém viver moralmente correto; mas àqueles que se guardam em Cristo.

Podemos notar a vida exemplar de várias pessoas adeptas de crenças como budismo, hinduísmo, espiritismo etc.; mas elas não são santas em Cristo. As dádivas de Deus alcançam as pessoas que foram separadas para servirem somente a Cristo. Não adianta você falar das promessas de Deus como se fosse algo dado gratuitamente a todos. Elas têm pessoas específicas. Se alguém vive a seu bel-prazer, pode ter certeza que tais palavras não são para indivíduos como esse.

Irmãos, isso foi o que mais falou comigo na Palavra de ontem. Por favor, compartilhem também o que Deus falou com vocês. Vamos nos edificar mutuamente.